Título: AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE ESCLERÓDIOS DE (Sclerotinia sclerotiorum) E SUA RELAÇÃO COM A FERTILIDADE DO SOLO
Título alternativo: EVALUATION OF SCLEROTIUM GERMINATION (sclerotinia sclerotiotum) AND ITS RELATIONSHIP WITH SOIL FERTILITY
Autoria de: Luiz Miguel Oliveira Costa
Orientação de: Flavio Henrique Vasconcelos de Medeiros
Coorientação de: Rafael Coelho Silva
Presidente da banca: Flavio Henrique Vasconcelos de Medeiros
Primeiro membro da banca: Rafael Coelho Silva
Segundo membro da banca: Teotonio Soares de Carvalho
Palavras-chaves: mofo branco, manejo, germinação, fertilidade, controle biológico
Data da defesa: 23/08/2024
Semestre letivo da defesa: 2024-1
Data da versão final: 28/08/2024
Data da publicação: 28/08/2024
Referência: Costa, L. M. O. AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE ESCLERÓDIOS DE (Sclerotinia sclerotiorum) E SUA RELAÇÃO COM A FERTILIDADE DO SOLO. 2024. 25 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia Bacharelado)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2024.
Resumo: O patógeno Sclerotinia sclerotiorum tem sido uma preocupação nos sistemas de cultivo de soja no Brasil há décadas em função da doença que causa em diversos cultivos, o mofo branco. A doença é de difícil manejo e a que mais contribui para redução de produtividade nas regiões de maior teto produtivo para soja e feijão como o sul de Minas Gerais. Apesar do controle químico ser o método mais utilizado atualmente, o alto custo e eficácia não garante controle total da doença sob condições favoráveis, implicando assim na adoção de práticas de manejo como o uso de plantas de cobertura e o controle biológico. Existem dois posicionamentos dos produtos construídos para esse alvo, um pensando na proteção complementar da parte aérea, com aplicação de produtos à base de Bacillus spp. nos estádios V4 e R1 e o outro que é voltado para o parasitismo de escleródios com aplicações nos estádios V2 e V4 com produtos à base de Trichoderma spp., Bacillus spp. ou uma combinação de espécies pertencentes a cada um dos gêneros. No entanto a eficiência de controle biológico desta doença é variável ao longo dos anos e entre regiões para um mesmo produto. Um dos entraves é que não se leva em consideração a interação com o microbioma local, ou seja, a comunidade microbiana da área onde houve incidência de mofo branco pode já conter microrganismos envolvidos no parasitismo de escleródios e não se fazer necessária a aplicação do produto, implicando na redução dos custos de produção para o produtor. Por outro lado, o microbioma local pode não conter essa comunidade e os escleródios terem máxima viabilidade. Para avaliar a germinação dos escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, foram coletadas amostras de solo e escleródios em quatro áreas distintas no sul de Minas Gerais, onde a soja foi cultivada na safra 202324. Essas áreas, conduzidas em sucessão soja-milho, apresentaram alta pressão de inóculo. As amostras foram obtidas em 27 pontos aleatórios por área, e a análise inicial dos escleródios foi realizada em meio Neon-S para verificar sua viabilidade. Os escleródios foram então incubados em amostras de solo, cobertos com palhada de milho e mantidos a 90 da capacidade de campo por sete dias. Posteriormente, foram transferidos para embalagens plásticas com areia e mantidos a 17?C por 40 dias para observar a germinação carpogênica e miceliogênica, além de colonização e inviabilidade. Os resultados mostraram que a área 3 teve a maior taxa de germinação carpogênica, com 89,74, enquanto a área 1 teve a menor taxa, 44,2. A germinação miceliogênica também foi mais alta na área 3 (12,08) e mais baixa na área 4 (3,46). A área 1 apresentou a maior taxa de colonização dos escleródios (21,43), enquanto a área 4 teve a menor (2,84). Em relação à supressividade do solo, as áreas 1 e 2 mostraram maior capacidade de reduzir a viabilidade dos escleródios. A análise de fertilidade do solo revelou que solos com melhores índices de fertilidade apresentaram maior supressividade, especialmente na área 1, que teve os melhores resultados em termos de fertilidade e supressividade. Portanto, a pesquisa conclui que a supressividade dos solos contra escleródios está fortemente associada à fertilidade do solo. Solos mais férteis demonstraram maior capacidade de suprimir a viabilidade dos escleródios, ressaltando a importância do manejo adequado da fertilidade para o controle de patógenos.
Abstract: The pathogen Sclerotinia sclerotiorum has been a concern in soybean cultivation systems in Brazil for decades due to the disease it causes in various crops, known as white mold. This disease is difficult to manage and is the leading cause of yield reduction in regions with the highest productive potential for soybeans and beans, such as southern Minas Gerais. Although chemical control is currently the most widely used method, its high cost and limited efficacy under favorable conditions do not guarantee complete control of the disease, leading to the adoption of management practices such as the use of cover crops and biological control. There are two strategies for products targeting this pathogen one focuses on complementary protection of the aerial part of the plant, with the application of Bacillus spp.-based products during stages V4 and R1 the other targets sclerotia parasitism, with applications during stages V2 and V4 using products based on Trichoderma spp., Bacillus spp., or a combination of species from both genera. However, the efficiency of biological control of this disease varies across years and regions for the same product. One of the challenges is that the interaction with the local microbiome is often overlooked in other words, the microbial community in areas with white mold incidence may already contain microorganisms involved in sclerotia parasitism, making the application of the product unnecessary and potentially reducing production costs for the farmer. On the other hand, the local microbiome may lack this community, allowing the sclerotia to have maximum viability. To evaluate the germination of Sclerotinia sclerotiorum sclerotia, soil and sclerotia samples were collected from four distinct areas in southern Minas Gerais, where soybeans were cultivated during the 202324 growing season. These areas, managed in a soybean-corn succession, exhibited high inoculum pressure. Samples were obtained from 27 random points per area, and the initial analysis of the sclerotia was conducted on Neon-S medium to verify their viability. The sclerotia were then incubated in soil samples, covered with corn straw, and maintained at 90 field capacity for seven days. Subsequently, they were transferred to plastic containers with sand and kept at 17?C for 40 days to observe carpogenic and myceliogenic germination, as well as colonization and inviability. The results showed that Area 3 had the highest carpogenic germination rate at 89.74, while Area 1 had the lowest rate at 44.2. Myceliogenic germination was also highest in Area 3 (12.08) and lowest in Area 4 (3.46). Area 1 showed the highest rate of sclerotia colonization (21.43), while Area 4 had the lowest (2.84). Regarding soil suppressiveness, Areas 1 and 2 showed a greater capacity to reduce sclerotia viability. Soil fertility analysis revealed that soils with better fertility indices exhibited greater suppressiveness, especially in Area 1, which had the best results in terms of both fertility and suppressiveness. Therefore, the research concludes that soil suppressiveness against sclerotia is strongly associated with soil fertility. More fertile soils demonstrated a higher capacity to suppress sclerotia viability, highlighting the importance of proper fertility management for pathogen control.
URI alternaviva: sem URI do Repositório Institucional da UFLA até o momento.
Curso: G001 - AGRONOMIA (BACHARELADO)
Nome da editora: Universidade Federal de Lavras
Sigla da editora: UFLA
País da editora: Brasil
Gênero textual: Trabalho de Conclusão de Curso
Nome da língua do conteúdo: Português
Código da língua do conteúdo: por
Licença de acesso: Acesso aberto
Nome da licença: Licença do Repositório Institucional da Universidade Federal de Lavras
URI da licença: repositorio.ufla.br
Termos da licença: Acesso aos termos da licença em repositorio.ufla.br
Detentores dos direitos autorais: Luiz Miguel Oliveira Costa e Universidade Federal de Lavras
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