Título: A questão do conhecimento no De Civitate Dei de Agostinho de Hipona
Autoria de: Douglas Procópio
Orientação de: Meline Costa Sousa
Presidente da banca: Meline Costa Sousa
Primeiro membro da banca: Arthur Klik de Lima
Segundo membro da banca: Luiz Roberto Takayama
Palavras-chaves: Agostinho de Hipona, conhecimento, A Cidade de Deus, ideias, iluminação
Data da defesa: 04/05/2021
Semestre letivo da defesa: 2020-2
Data da versão final: 12/05/2021
Data da publicação: 12/05/2021
Referência: Procópio, D. A questão do conhecimento no De Civitate Dei de Agostinho de Hipona. 2021. 95 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia Licenciatura Plena)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2021.
Resumo: No ano de 410, a cidade de Roma foi saqueada pelos godos e os pagãos atribuíram a causa da invasão à religião cristã. Motivado por esse episódio, Agostinho de Hipona escreveu a obra A Cidade de Deus, que tem como principal objetivo elaborar uma defesa da fé cristã contra os ataques recebidos. Neste trabalho, objetivou-se compreender a teoria do conhecimento de Agostinho, conforme exposta em A Cidade de Deus, pois, ainda que não seja o seu tema principal, a discussão aparece em determinados momentos ao longo da argumentação do pensador. Para isso, realizou-se uma leitura sistemática da obra a fim de identificar as passagens referentes ao conhecimento e a sua relação com o contexto geral. Outras obras do autor foram consultadas para obter um maior esclarecimento de sua teoria. A bibliografia secundária também foi analisada a fim de verificar as discussões recorrentes sobre o tema. Agostinho aponta que o ser humano é o único ser mortal capaz de alcançar as verdades racionais, e deve submeter à mente todas as outras faculdades. Realiza uma distinção entre as formas sensíveis e as formas inteligíveis. O conhecimento das formas sensíveis se dá a partir da percepção sensível dos seres corpóreos. A partir disso, são criadas imagens incorpóreas desses seres na mente humana e armazenadas na memória. Essas imagens podem ser disponibilizadas para o pensamento por meio da imaginação, que ocorre de duas formas. Na primeira, reprodutiva, as imagens dos objetos percebidos pelos sentidos, as fantasias, são revistas pelo pensamento. Na segunda, criativa, são criadas novas imagens, os fantasmas, a partir de outras imagens já adquiridas. O conhecimento dos objetos sensíveis, chamado de ciência, é importante para que o mundo sensível seja conhecido. No entanto, por lidar com seres mutáveis, constitui um caminho inseguro para a verdade. O verdadeiro conhecimento deve ser eterno e, portanto, ter como objeto as formas inteligíveis eternas. Nesse sentido, as ideias, ou formas principais, eternas e imutáveis, constituem o conhecimento exato de tudo o que existe. Esse conhecimento, denominado sabedoria, pode ser obtido apenas através da mente. Entretanto, para que o conhecimento verdadeiro seja alcançado pelo homem, é necessário que ele seja iluminado pela luz divina. Contudo, ainda que a iluminação divina seja imprescindível para a obtenção do conhecimento, o homem deve desempenhar um papel ativo em sua busca, desejando a verdade e purificando a sua mente por meio da fé e rejeição dos vícios. Além disso, o indivíduo não é detentor da verdade, sendo dependente de sua permanência na iluminação divina para acessá-la. Há, no entanto, verdades eternas que não requisitam a fé, sendo alcançáveis pelo poder natural da mente. Contudo, sem a fé, torna-se impossível conhecer o que está acima dessas verdades. Em suma, a ligação entre o homem e Deus é ponto central na teoria de Agostinho. Ainda que seja evidente que a iluminação divina seja um elemento fundamental, há divergências na bibliografia secundária sobre a real natureza dessa luz e sua função.
URI alternaviva: repositorio.ufla.br/handle/1/47554
Curso: G024 - FILOSOFIA (LICENCIATURA PLENA)
Nome da editora: Universidade Federal de Lavras
Sigla da editora: UFLA
País da editora: Brasil
Gênero textual: Trabalho de Conclusão de Curso
Nome da língua do conteúdo: Português
Código da língua do conteúdo: por
Licença de acesso: Acesso aberto
Nome da licença: Licença do Repositório Institucional da Universidade Federal de Lavras
URI da licença: repositorio.ufla.br
Termos da licença: Acesso aos termos da licença em repositorio.ufla.br
Detentores dos direitos autorais: Douglas Procópio e Universidade Federal de Lavras
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